O
presidente chinês, Xi Jinping, inicia amanhã (22) a primeira visita oficial aos
Estados Unidos, desde que assumiu a liderança da China – em março de 2013. A
agenda da visita inclui encontros diplomáticos, de negócios e uma recepção na
Casa Branca.
Na quarta-feira, Jinping participa de uma mesa redonda com
diretores-executivos de empresas chineses e norte-americanos. Entre eles estão
Jack Ma, fundador do Alibaba, o gigante chinês do comércio eletrônico, e Robin
Li, chefe do Baidu, o maior sistema de busca do país asiático. Diretores do
Facebook e Google - ambos proibidos na China - IBM, Uber e Apple, também
participarão do evento, que ocorre na cidade de Seattle, a primeira escala de
Xi Jinping.
No mesmo dia, o líder chinês deve visitar uma fábrica da Boeing,
maior produtora de aviões do mundo. Em Seattle, Jinping também se reunirá com a
comunidade chinesa na costa oeste, antes de visitar o instituto Lincoln, na
cidade de Tacoma.
No dia 24, o presidente chinês viaja para Washington, na véspera
de ser recebido na Casa Branca pelo presidente norte-americano, Barack Obama. O
encontro entre os líderes das duas maiores economias do mundo ocorre num
período de crescente tensão bilateral, diante da construção pela China de ilhas
artificiais em águas disputadas do Mar do Sul da China. Pequim considera que os
diversos arquipélagos da região – reclamados também pelo Vietnã, Filipinas e
outros países do sudeste asiático – são "parte integrante" do seu
território.
Um outro "atrito" diz respeito à revelação, pelo governo
dos EUA, de que piratas informáticos acessaram dados pessoais de pelo menos
quatro milhões de norte-americanos – funcionários públicos atuais e antigos.
"É natural que entre duas nações tão importantes existam diferenças e
desacordos", disse na semana passada o ministro dos Negócios Estrangeiros
chinês, Wang Yi. "O propósito desta visita é melhorar e impulsionar a
comunicação e a confiança com os EUA", concluiu.
O comércio entre a China e os EUA alcançou US$ 555 bilhões de
dólares ($ 490 bilhões de euros), em 2014, segundo fontes chinesas, enquanto no
conjunto os dois países compõem quase dois quintos da economia mundial.
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