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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

PMDB ganhará força com reforma ministerial

A reforma ministerial, a ser anunciada nos próximos dias pelo Palácio do Planalto, deverá fortalecer ainda mais o principal partido da base governista, o PMDB. Embora seus líderes, Michel Temer, Eduardo Cunha, Renan Calheiros e Eunício Oliveira defendam publicamente não interferir na escolha da nova equipe ministerial da presidente Dilma Rousseff, o partido deverá ganhar a pasta da Saúde e um novo ministério que sairá da fusão entre Aviação Civil e Portos.
Necessitando fidelizar sua base, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, a presidente ofereceu ao PMDB as duas pastas com intuito de eliminar insatisfações de peemedebistas em relação à representatividade no governo.
Durante todo o dia de ontem, peemedebistas discutiram a escolha de correligionários para cada ministério. Os nomes escolhidos serão levados hoje à tarde à presidente pelo líder da legenda na Câmara, o deputado Leonardo Picciani.
Com uma base infiel, o movimento de dar cada vez mais espaço para o partido no governo é estratégia do Planalto para conseguir apoio para aprovar as medidas de recuperação da economia. Ontem foi enviado ao Congresso Nacional Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um imposto nos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
A votação nas duas Casas vai precisar de pelo menos 3/5 de apoio em dois turnos para ser aprovada. Os próprios governistas falam da dificuldade em aprovar medidas impopulares com um governo sem força no legislativo.
O fortalecimento do partido do vice-presidente Michel Temer no governo já havia sido adiantado pelo líder do governo no senado, o petista Delcídio Amaral, na segunda-feira, 21.
Em entrevista coletiva ele demonstrou a preocupação do executivo em dar atenção ao PMDB. “O importante não é número (de ministérios para o PMDB). O importante é a densidade dos ministérios. Ou seja, (o PMDB) pode ter três, quatro ministérios que não têm resultado. O importante é a densidade do ministério que, eventualmente, os partidos vão ocupar. Essa é que faz a diferença. Número não quer dizer qualidade”. O ministério da Saúde, cotado para a legenda, é uma das pastas de maior orçamento do governo federal.
Economia
O governo federal pretende reduzir até dez ministérios com a reforma administrativa. Das atuais 39 pastas, restariam 29. O intuito, segundo governistas, é “cortar na própria carne” e se comprometer simbolicamente com a redução de custos em um momento de ajuste fiscal. 
Saiba mais
As discussões sobre a reforma ministerial ocorrem um dia após o vice-presidente, Michel Temer, e os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se negarem a discutir com a presidente Dilma as mudanças nos ministérios.
A negativa foi vista com preocupação pelo governo, que interpretou como sinal de distanciamento do partido, num momento em que há pressões dentro da própria legenda para um desembarque do governo. Em novembro, a sigla deve decidir, em congresso, se sai ou não da base aliada.
Desde a última segunda-feira, 21, a presidente Dilma Rousseff, ministros e parlamentares da base aliada discutem, entre inúmeras reuniões em Brasília, reforma ministerial e medidas governistas enviadas ao Congresso Nacional. A semana é considerada decisiva para o governo.
o povo online

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