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quarta-feira, 29 de julho de 2015

O que fazer com o dólar em alta
Comprar imediatamente ou ir adquirindo aos poucos para não sentir tanto a alta do dólar. É isso que os especialistas indicam para quem vai viajar para o exterior ainda neste ano. Ontem, depois de chegar a R$ 3,43, o câmbio reduziu o avanço e fechou com alta, pela quinta vez, a R$ 3,369. Os especialistas também dão dicas para quem quer investir.
O vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças no Ceará (Ibef-CE), Delano Macêdo, afirma que o dólar vai manter volatilidade em uma crescente de cotação. “Quem vai viajar deve comprar logo e quem importa deve travar a cotação antecipadamente”, considera, ressaltando que fundos cambiais tendem a ser uma ótima opção. Para ele, os exportadores irão se beneficiar desse movimento.
O economista e doutor em Desenvolvimento Econômico, Luciano D’Agostini, diz que quem comprar tudo agora vai estar economizando porque o dólar ainda está barato. “Não vejo o dólar voltando a R$ 3,20”, afirma o especialista que prevê dólar a R$ 3,80 e até a R$ 4 este ano. Entre os investimentos, sugere fundos e derivativos cambiais e até mesmo em espécie para quem tiver onde guardar. Para quem tem mais de R$ 350 mil aconselha comprar no mercado futuro da Bovespa.
O economista Vitor Leitão diz que, para pessoas físicas, a recomendação é fazer um preço médio, ir comprando aos poucos até a data da utilização. “É a melhor forma de reduzir o risco”. Para o economista chefe da Austin Rating, Alex Agostini, dependendo da data, o mais indicado é comprar em diversas etapas a quantia necessária, pois, dessa forma, o preço médio pode aliviar custos caso haja alta do dólar ou garantia de ganhos se houver queda.
Vitor acredita que, à medida que o noticiário for se acalmando, o dólar volte a um patamar um pouco mais baixo que o atual, mas não muito. “No entanto, caso esses fatos (desaceleração chinesa e rebaixamento brasileiro) se confirmem ou surjam novos fatos negativos, é possível que suba ainda mais”. Para as empresas, ele diz ser fundamental estar sempre protegido contra essas oscilações através de operações de hedge. “Empresas devem estar focadas em sua operação sem especular com dólar. Um movimento inesperado do dólar pode quebrar uma empresa rapidamente”.
Na opinião do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcel Grillo Balassiano, o melhor a fazer para quem está com viagem marcada para o fim do ano, por exemplo, é ir comprando dólares aos poucos, para diminuir a volatilidade e o risco. Observa que as expectativas do mercado são de dólar a R$ 3,25 no fim desse ano, e R$ 3,40 no fim de 2016. “Ou seja, a não ser que precise urgentemente, o ideal é sempre comprar o dólar em diferentes momentos para comprar com preços diferentes, e tentar não ficar muito exposto ao risco”.
o povo online

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