Enquanto seus habituais rivais iniciam a disputa da elite do Campeonato Cearense 2016 - que neste domingo tem Maranguape x Icasa, às 16 horas, no PV -, o Ferroviário vive a projeção de mais uma temporada de provações, em que terá que encarar pelo segundo ano seguido a Série B estadual, longe dos holofotes.
Após uma primeira tentativa frustrada de conquistar o acesso à Primeira Divisão do Cearense em 2015, quando terminou a fase classificatória apenas na 6ª colocação, o Tubarão da Barra aposta suas fichas em uma parceria que resultou na terceirização do seu departamento de futebol, delegando a um grupo de empresários paulistas a missão de montar o elenco para a disputa da Segundinha 2016, que começa em fevereiro.
O advogado Vilemar Rodrigues, que assumiu a presidência do Ferroviário após a virada do ano, garante que a nova investida do clube coral não oferece tantos riscos. “A parceria que fizemos com uma empresa de Batatais-SP tem muita experiência na montagem de elencos. Eles já trabalham com várias equipes do Sul do País”, afirma, destacando ainda que o trabalho dos parceiros será monitorado e avaliado. “Montamos uma comissão que vai acompanhar o desenrolar dessa parceira, principalmente do ponto de vista dos jogadores, observando a qualidade, as condições e o comportamento deles”.
O dirigente diz estar ciente de que um novo fracasso pode trazer graves consequências ao Ferroviário, agravando a crise de uma equipe que não conquista um título há mais de 20 anos. “A torcida tem que entender que estamos procurando o melhor para o Ferroviário. Não cabe criticar agora, tendo em vista o esforço que estamos fazendo. Só quem tem amor pelo Ferroviário tem coragem de encarar um desafio como este que estamos assumindo”, exaltou.
Futuro incerto
Pesquisador da história do futebol cearense, Airton de Farias alerta que se a situação coral não melhorar nos próximos anos, o clube corre o risco de cair no esquecimento com o passar dos anos, a exemplo do que ocorreu com o Calouros do Ar e América, ex-campeões cearenses que já tiveram momentos gloriosos no Estadual, mas que não conseguiram se reerguer.
“O futuro do Ferroviário é algo preocupante. É uma pena, porque é um clube muito querido e de uma grande importância não só para o futebol cearense, como para a Barra do Ceará, onde instalou sua sede”, analisa o historiador.
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