Com a economia encolhendo, a taxa de juros crescendo e o desemprego também, o cenário econômico para 2016 não é nada animador, levando muita gente a ficar cada vez mais cautelosa com seu dinheiro.
Apesar disso, mesmo que você não seja um empresário, é preciso continuar investindo, como atesta o especialista em finanças Rafael Seabra.
“Se você deixar seu dinheiro parado, aplicado na caderneta de poupança ou em qualquer outro investimento que esteja abaixo da inflação, estará perdendo dinheiro”, explica ele, lembrando que a taxa básica de juros (Selic) deve subir para 14,75% no próximo dia 20 de janeiro, e a previsão é chegar a 15,25% no final do ano.
Os investimentos mais tradicionais, como a caderneta de poupança, os planos de previdência privada e os fundos de investimento de grandes bancos devem ser evitados.
“Estas aplicações, em sua maioria, possuem baixa rentabilidade e alta taxa de administração. No caso da poupança, mesmo não havendo taxa de administração ou incidência do imposto de renda, a rentabilidade é tão baixa que perdeu para a inflação nos últimos dois anos”, destaca o especialista.
Proteja-se da inflação
Como o objetivo principal do investidor é se proteger da inflação, o ideal é investir em ativos que tenham sua rentabilidade atrelada ao IPCA, que é o índice inflacionário oficial do governo. Entre as opções ofertadas no mercado, o melhor custo-benefício é o Tesouro IPCA+, título público disponível no Tesouro Direto.
O investimento em títulos públicos através do Tesouro Direto é, na opinião do especialista, o mais democrático do País. Se escolhidos da maneira correta, têm alta rentabilidade e baixo risco - é a única aplicação financeira garantida pelo Tesouro Nacional, sendo assim, o investimento mais seguro do mercado.
Além disso, esse tipo de título tem alta liquidez , já que é possível resgatar o dinheiro a qualquer momento, sem a necessidade de aguardar até o vencimento, e baixo investimento inicial – é possível aplicar apenas R$ 30, tendo acesso aos mesmos títulos que os demais investidores, sem mudança nas taxas cobradas.
Como aprender a investir no Tesouro Direto?
Para quem quer dar os primeiros passos no Tesouro Direto, Seabra sugere começar investindo um valor baixo, não superior a R$ 100, para que o novato possa entender a dinâmica desse tipo de aplicação e perder o medo.
Como segundo passo, uma forma bem simples de diversificar efetivamente os investimentos é escolher ativos atrelados à inflação (IPCA) e à taxa Selic.
Tanto para quem já investe como àqueles que pretende aplicar seu dinheiro pela primeira vez, mas hesitam por causa dos gastos pessoais, o especialista aconselha o óbvio, mas muitas vezes negligenciado: redução dos gastos.
“Pode parecer impossível à primeira vista, mas sempre há como cortar alguns. O problema é que a maioria das pessoas não sabe onde está gastando ao longo do mês”, alerta.
O conselho de Seabra é registrar todos os gastos para obter um “raio-X” da situação financeira e, assim, identificar exatamente onde é necessário melhorar e conter o “vazamento” no orçamento.
band uol
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