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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Brasil só crescerá junto com a América Latina, diz Dilma

Ao ser recebida pelo colega equatoriano Rafael Correa em Quito, a presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil só voltará a crescer quando a América Latina também o fizer.

“O Brasil não consegue restabelecer suas condições sustentáveis de crescimento nesse novo contexto internacional sem o crescimento dos demais países da América Latina”, falou Dilma.
A presidente destacou que a “integração regional é estratégica nesse momento”, com a queda dos preços das commodities e a desaceleração da economia chinesa.
O encontro de Correa e Dilma, que foi ao Equador para a cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), teve teor essencialmente comercial. Além do chanceler Mauro Vieira, o único ministro que acompanha a presidente é Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio).
O comércio bilateral registrou US$ 783 milhões em 2015, o menor fluxo desde 2009 – influenciado pela crise no Equador com a queda no preço do petróleo.
Os presidentes concordaram em avançar o projeto do corredor Manta-Manaus, que prevê ligar, por hidrovia e rodovia, a cidade brasileira ao porto equatoriano. 


Na pauta desde 2006, o projeto foi afetado pela crise deflagrada em 2008 com a expulsão da Odebrecht do Equador.

Os dois presidentes anunciaram que realizarão uma reunião em março para resolver também questões fitossanitárias que impedem a exportação de produtos equatorianos ao Brasil.
Correa destacou a necessidade da parceria com o país para a retomada do crescimento no Equador. “Por seu tamanho, o Brasil é um financiador regional e precisamos do seu dinheiro”, disse.
Agenda 2020
Numa deferência a Correa, Dilma disse reconhecer a importância das metas até 2020 de redução da pobreza e da desigualdade que o equatoriano propôs para ser aprovado na cúpula da Celac, encerrada ontem. 
No entanto, a chamada “Agenda 2020” foi recebida com cautela por parte dos 33 membros da Celac, como o Brasil, já que a ONU estabeleceu, em 2015, os objetivos de desenvolvimento sustentável para todos os países.
“Já existe a agenda 2030 [dos objetivos de desenvolvimento sustentável] da ONU, não faz sentido criar uma nova, que crie padrões próprios para a região”, disse Vieira.
Um dos pontos altos da cúpula deve ser o compromisso firmado pela Celac em apoiar o acordo de cessar-fogo entre o governo colombiano e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Os líderes do bloco se reunirão com o vice-secretário-geral da ONU Jeffrey Feltman para discutir o estabelecimento da missão de observação aprovada pelo Conselho de Segurança na última segunda-feira, 25.
  (Folhapress)

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