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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Datafolha: metade dos deputados quer renúncia de Eduardo Cunha

FOTO: MICHEL FILHO/ AGÊNCIA O GLOBO
Uma pesquisa do Instituto Datafolha com 324 deputados mostra que quase metade dos entrevistados (45%) é a favor da renúncia do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). Entre os entrevistados, 25% devem permanecer. Outros 30% não se posicionaram sobre essa possibilidade.
Cunha é investigado na Operação Lava Jato, acusado de manter contas secretas no exterior com dinheiro proveniente de corrupção – o que ele nega. Em público, o presidente da Mesa Diretora da Câmara repete que descarta a hipótese de renunciar ao cargo.
O cuidado dos deputados em relação ao tema fica evidente quando eles são confrontados com a hipótese de ter de votar pela cassação de Cunha. Mais da metade (52%) não se posicionou nessa questão. Pouco mais de um terço (35%) disse que votaria a favor da cassação do peemedebista. E 13% votariam conta. O levantamento, que ouviu 63% dos deputados, foi feito entre 19 e 28 de outubro.
O Datafolha ouviu os deputados, também, sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Entre os deputados que aceitaram participar da consulta, de acordo com a Folha de São Paulo, 39% disseram que votarão a favor da abertura do processo se a questão for levada ao plenário da Câmara.
Do total de entrevistados, 32% afirmaram que votarão contra. E 29% dos consultados não se posicionaram nessa questão. Preferiram não responder ou disseram que não tinham posição formada sobre o tema. De acordo com a legislação, cabe à Câmara decidir a respeito da abertura de um processo desse tipo.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, precisa admitir, para abertura do processo de cassação de Dilma, um dos pedidos de impeachment. Em seguida, uma comissão, montada especialmente para isso, precisa dar aval ao pedido.
No plenário, para que o processo de impeachment seja então aberto, são necessários os votos de 342 dos 513 deputados (só o presidente não vota). Aberto o processo, o presidente da República é afastado do cargo. O processo em si e a votação final a respeito do afastamento definitivo cabem aos senadores.
Como Dilma não precisa da maioria para impedir a abertura do processo, o resultado da pesquisa sugere que ela está mais perto do objetivo de se manter no cargo do que a oposição do objetivo de promover o afastamento.
No Senado, onde foram ouvidos 51 senadores, o balanço também é mais favorável à petista. O maior grupo (43%) disse que vota contra o afastamento definitivo, caso a Câmara abra um processo de impeachment. Os que prometeram votar a favor somam 37%. E 20% dos senadores não se posicionaram. 
Com informações da redação e de reportagem da Folha de São Paulo.

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