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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Juros do cartão de crédito atingem 395% ao ano em julho
           

A taxa média de juros no rotativo do cartão de crédito alcançou o patamar recorde de 395% ao ano em julho, segundo o Banco Central. Um ano antes, a taxa estava em 308% ao ano. Essa é a linha mais cara entre as principais modalidades de crédito para o consumo.

A taxa média do cheque especial também subiu e fechou o mês passado em 247% ao ano, segundo o BC. Esse é o maior valor desde novembro de 1995, quando estava em 252% ao ano.

O maior valor registrado pelo BC no custo do cheque especial desde o Plano Real são os 294% ao ano de julho de 1994, início da série histórica da pesquisa mensal de crédito da instituição.

A alta dos juros nestas modalidades está em linha com o comportamento geral das taxas bancárias, que acompanham o aumento da taxa básica (Selic) promovido pelo BC desde o ano passado.

Na média, a taxa de juros do crédito ao consumo (crédito livre pessoa física) passou de 49,5% em julho do ano passado para 59,5% ao ano em julho deste ano, de acordo com a pesquisa de crédito do BC. O número é novamente recorde para a série iniciada em março de 2011.

A inadimplência, que estava em 5,7% em julho do ano passado, caiu para 5,4% neste ano no crédito para pessoas físicas com taxas de mercado. Para as empresas, no entanto, subiu de 3,5% para 4,1%.

Estoque
O estoque total de crédito cresceu 0,3% em julho em relação ao mês anterior e acumula alta de 9,9% em 12 meses, somando R$ 3,11 trilhões. A previsão do BC é encerrar o ano com crescimento de 9%, menor resultado desde 2003.
As concessões de crédito para veículos cresceram 4,4% na comparação mensal, mas ainda acumulam queda de 8,8% no ano. Esse é um dos principais setores afetados pela retração da economia brasileira.

No financiamento imobiliário, que foi prejudicado pelas restrições impostas pela Caixa e pela falta de recursos da poupança, houve aumento de 0,4% na liberação de novos financiamentos no mês, com retração de 6,9% no ano.
 (Folhapress)

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