Agente preventivo pré-histórico. Forma relaxante no império grego e curativa na China antiga. Ultrapassaram-se milênios e a história registra a massagem como instrumento de saúde e relaxamento. Há tudo isso em Fortaleza, neste século mesmo.
E o primitivismo da massagem vence conturbações contemporâneas, pelo menos, para quem tem a cultura do relaxamento, como Cristina Brito, 33, arquiteta. Ela busca essa intuição de energia entre dois corpos para, simplesmente, relaxar.
É que a metrópole somada à vida pós-moderna somatizam, quase que necessariamente, um estado de estresse constante. O conjunto multidirecional de atividades e responsabilidades consomem corpo e mente de forma intensa.
“Funciona como uma parada obrigatória na sua rotina para não pensar em nada. Deixar problemas e obrigações de lado. Olhar para si, ter o seu momento, sem pensar na correria do cotidiano”, resume Cristina. Ali, ela consegue alimentar um momento próprio, olhar mentalmente para o próprio corpo. Sim, é possível.
Não é só a prática. O estudo também faz parte. Tem uma forte filosofia por trás. “Eu acredito que existem determinados pontos que liberam tensões, energias negativas, ajuda no fluxo sanguíneo e algumas necessidades fisiológicas do corpo”, explica.
É como se, depois da massagem, todo mundo fosse a mesma pessoa, tamanha a intensidade energética e o relaxamento proporcionados, relata a massoterapeuta há três anos, Gisiane Sousa, 29. Ela chega a fazer oito massagens por dia, em períodos de maior procura. Dormir, conta ela, é comum para os massageados.
“Fiz o curso de massoterapia por indicação de amigas. Hoje é a minha atividade profissional.” Além do rendimento em uma empresa, Gisiane executa o serviço em domicílio e vende produtos do segmento. No fim do mês, gera cerca de R$ 2,5 mil de rendimento. Constantemente, novas manobras e conhecimentos surgem. Ela está atenta.
Mercado agitado
Há cinco anos, João Batista de Aguiar Ribeiro quis oferecer um serviço que deixasse o cliente longe da movimentação da Capital sem sair da cidade Criou a Mandala Massoterapia. Juntamente com sua esposa, Marcela Castelar Ribeiro, comanda o lugar com aroma elaborado, luminoteca, música e cabines temáticas.
“Público desportista é muito forte, porque temos muito relaxamento muscular”, ressalta. Afirma não ser problema encontrar massoterapeutas, mas sempre é preciso aperfeiçoar as técnicas dos profissionais, em sua maioria, mulheres.
A empresa de Carolina Minerrara, 36, é inspirada na medicina natural e chinesa. Ela é a responsável pela Aldeia Zen. Além dos serviços de massagens, atua com treinamentos, em rede hoteleira, eventos e programas de qualidade de vida no ambiente de trabalho.
“Já treinamos mais de três mil pessoas em massoterapia. E a gente não ensina apenas a massagem. Orientamos também sobre a medicina natural”, destaca Carol.
Energizar
A Terapon Klinikè diversifica os serviços. Radiestesia, reiki, feng shui design project, acupuntura, massagens relaxante, desportiva, linfática, modeladora, reflexologia e shiatsu. Tudo isso porque as sócias são terapeutas holísticas. Christianne Gomes de Matos e
Denise Lima Rodrigues são estudiosas das leis de causa e efeito.
“Quando começamos, seria só com a parte energética. Vimos a necessidade de agregarmos a parte física”, conta Christianne.
Ciclistas e corredores de rua procuram muito os serviços, essencialmente, de reflexologia e shiatsu. A Terapón também trabalha com processos de cura e equilíbrio energético como o reiki.
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