Rádio Líder FM de Acopiara

sábado, 16 de abril de 2016

Impeachment: resultado da votação é imprevisível. Ausentes definirão jogo

Dilma-cai
A Câmara Federal tem, nos últimos dias, a disputa mais acirrada por um dos 513 votos dos deputados que estarão aptos a participar da votação da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O domingo é histórico na vida de milhões de brasileiros que ficarão ligados na internet, no rádio e na televisão para acompanhar o desfecho da sessão mais longa dos últimos 24 anos na Câmara Federal.
O resultado da votação é uma incógnita, é imprevisível. Se de um lado, a oposição cantou vitória durante a semana com a certeza de que, no Plenário, será inevitável a deposição de Dilma, os aliados do Palácio do Planalto caíram em campo e não entregaram o jogo. Viraram votos e assediam os parlamentares considerados indecisos.
A oposição precisa somar 342 votos. A presidente Dilma necessita de 172 deputados federais ao seu lado – seja o deputado ausente ou presente à votação.  Temerosos do desgaste nas ruas, alguns parlamentares anteciparam licença médica ou decidiram se ausentar da votação. Os ausentes poderão mudar o resultado da votação.
O chamado placar do impeachment – apresentado pela oposição e pela situação, tem números conflitantes e, também, blefe como jogo de pressão. Nesse momento, a pressão, a criação de horizontes e promessas de ambos os lados – tanto do atual Governo quanto do vice-presidente Michel Temer que sonha com a cadeira presidencial, são atrativos para as reuniões com líderes e dirigentes partidários e governadores.
O cenário de disputa de votos tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o principal e mais hábil articulador político para salvar a presidente Dilma Rousseff do impeachment. A oposição, além dos caciques do PSDB, como os senadores Aécio Neves e José Serra e o Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tem o vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB).
Seja qual for o desfecho da votação deste domingo, a segunda-feira será de ressaca política para um dos lados que perder a batalha do impeachment na Câmara Federal. Os dois partidos que protagonizaram a aliança vitoriosa em 2010 e 2014, com Dilma e Temer, estão hoje em linha de conflito e acirramento que os colocam em lados opostos no cenário político nacional para as eleições de 2016 e 2018. Essa é apenas uma das consequências da votação do impeachment.
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