Um ano depois do protesto de março de 2015, que reuniu um número recorde de manifestantes contra o governo na Avenida Paulista, em São Paulo, uma multidão deve tomar novamente a via neste domingo (13), dia em que outra leva de atos contra a corrupção e a presidente Dilma Rousseff acontece em mais de 400 cidades brasileiras.
A onda de manifestações vem em um momento politicamente tenso, em que a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff ganhou força e os ânimos se acirraram com o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feito na quinta-feira (10) por promotores de São Paulo.
Segundo a agência Reuters, um fonte revelou que o Palácio do Planalto teme um alto grau de violência nos protestos e criou um gabinete de crise no Ministério da Justiça para acompanhar os atos.
Apesar dos pedidos para que o PT e movimentos sociais evitassem atos neste domingo, para não enfrentarem as manifestações contrária ao governo, em algumas capitais as convocações foram mantidos. É o caso de Brasília, por exemplo, onde o partido marcou um evento para a Torre de TV, na área central da capital, a poucos quilômetros da Esplanada dos Ministérios, onde acontecerá a marcha pelo impeachment da presidente.
Em São Paulo, o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, afirmou que não será permitida a manifestação de dois grupos antagônicos no mesmo local e horário.
Segundo ele, só se manifestarão na Avenida Paulista os grupos contrários à presidente Dilma Rousseff, que já comunicaram a Secretaria sobre o ato há mais de dois meses.
O secretário pediu que os manifestantes tenham bom senso na escolha das roupas para o protesto na Paulista, e usou as torcidas de futebol como exemplo: "Você não vai entre palmeirenses com a camisa do Corinthians".
Já os organizadores do ato pelo impeachment de Dilma, que acontece a partir das 15h na avenida, divulgaram uma série de recomendações aos participantes, entre elas que roupas pretas e vermelhas sejam evitadas.
band uol
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