O marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas do ex-presidente Lula (2006) e da presidente Dilma Rousseff (2010 e 2014), deverá ser indiciado por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras até esta quarta-feira (23), data em que termina o prazo de 30 dias do inquérito policial.
Santana foi alvo da 23ª fase da Lava Jato, batizada de Acarajé, na qual o marqueteiro e sua mulher, Monica Moura, são investigados, entre outros pontos, pelo recebimento de US$ 7,5 milhões em contas não declaradas no exterior. Os montantes foram pagos pela empreiteira Odebrecht e por um dos operadores do esquema na estatal do petróleo, Zwi Skornicki. A informação dos depósitos foi antecipada pelo Blog.
Uma das linhas de investigação nascida da Acarajé é a de que as transferências de Skornicki e da empreiteira - para a conta de Santana no exterior - seriam pagamentos de Caixa 2 de campanha da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer. A chapa nega as acusações.
Nesta terça-feira (22), a PF realiza a Operação Xepa, um desdobramento da Acarajé, realizada há apenas um mês. Segundo investigadores, a Acarajé é a etapa mais bem sucedida na coleta de provas com o cumprimento de ordens judiciais.
O foco da Operação Xepa é a empreiteira Odebrecht, que teria, inclusive, um sistema secreto de troca de mensagens para a realização de pagamentos ilícitos para funcionários públicos. Um imóvel de Santana em Brasília foi alvo de mandado de busca.
g1
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