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quarta-feira, 9 de março de 2016

Morre o percussionista Naná Vasconcelos

nana
Eleito oito vezes pela revista especializada “Down Beat” o melhor percussionista do mundo, o pernambucano Naná Vasconcelos morreu nesta quarta-feira, aos 71 anos. Dono de oito Grammys, Juvenal de Holanda Vasconcelos estava internado no hospital Unimed III, em Recife, por conta de um câncer de pulmão.
Em agosto de 2015, ele passou mal durante um show no Rio e ficou hospitalizado por 20 dias na capital pernambucana, quando recebeu o diagnóstico. Apesar da doença, Naná seguiu ativo nos últimos meses. No mês passado, fez a tradicional apresentação de abertura do carnaval do Recife e, em seu site, constavam quatro datas de shows pela Ásia, em abril, ao lado do pianista, violonista e compositor Egberto Gismonti.
Recentemente, foi internado novamente por conta de uma crise respiratória. Na noite de terça-feira sua família estava reunida com ele, em um apartamento do hospital, devido à gravidade da situação.
Apesar de acreditar que “o Brasil é o único país em que a música faz parte da vida”, Naná viveu fora do país por mais de 20 anos a partir de 1967, com algumas passagens pela terra natal. Morou na França e nos Estados Unidos, onde participou da banda de nomes como Jon Hassel, Pat Metheny, Evelyn Glennie, Jan Garbarek, e gravou mais de uma dezena de álbuns. Entre 1978 e 1982, fundou o grupo de jazz Codona.
No Brasil, gravou com Caetano Veloso, Milton Nascimento, entre os principais nomes da MPB. Com Egberto Gismonti, gravou um dos álbuns mais marcantes de sua carreira: “Dança das cabeças”, de 1974.
Todo ano, era Naná o responsável por abrir o carnaval do Recife, à frente de um grupo de 500 ritmistas de maracatu que se apresentam no Marco Zero. Também esteve à frente do PercPan, festival que anualmente traz percussionistas de todo mundo ao Brasil.
Com informações do O Globo.

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