O Governo Federal continua com o lençol curto para estancar a crise na Petrobras agravada com as denúncias de corrupção na estatal e, nesta segunda-feira, 14, a presidente Dilma Rousseff recebeu a notícia de que o Estaleiro Eisa, na Ilha do Governador, demitiu 3.000 trabalhadores no Rio de Janeiro. As demissões acontecem em meio a Operação Lava Jato que descobriu o superfaturamento de obras e serviços e o desvio de bilhões de reais dos cofres da Petrobas.
Os problemas financeiros do estaleiro Eisa começaram na década passada, quando a venezuelana PDVSA deixou de honrar o pagamento referente à encomenda de dez navios, num negócio de US$ 1 bilhão. E foram agravados por cancelamentos de encomendas pela Petrobras. Há quatro meses, a mesma empresa demitiu os metalúrgicos do Estaleiro Mauá. A empresa já estava com dificuldades de pagar os funcionários. Só estava pagando até R$ 3 mil por mês, mesmo a quem ganhava mais.
Ao chegarem ao local de trabalho nesta segunda-feira os funcionários encontraram os portões lacrados e não puderam entrar. Direcionada a eles, carta afixada, assinada pela presidência do estaleiro – controlado pela holding Synergy Shipyards -, onde a empresa justifica que o corte de pessoal é consequência dos impactos da recessão econômica e da Lava-Jato, “que paralisou as atividades da indústria naval e deoffshore”. “A única alternativa para manter o estaleiro funcionando é diminuir ao máximo os custos operacionais”, argumenta. “Com muita tristeza e dor nos vemos na necessidade imediata de realizar corte de pessoal. Comunicamos por meio desta que estamos efetuando a rescisão do seu contrato de trabalho, dia 11/12, devendo encerrar suas atividades de forma imediata”, informou em carta.
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