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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Em dia tenso, Dilma faz reuniões para avaliar clima no Congresso

FOTO: Jorge William / O Globo
Num dia que promete trazer tensão para o ambiente político e econômico, a presidente Dilma Rousseff vai se reunir com líderes da base aliada no Congresso para sentir o clima na Casa e pedir empenho de deputados e senadores para aprovar mudanças na meta fiscal. A sessão para analisar a autorização para o governo acomodar um déficit de R$ 120 bilhões este ano está marcada para as 19h. Agora de manhã, Dilma se reúne com o ministro Jaques Wagner (Casa Civil).
Antes, porém, o governo terá uma dura batalha no Conselho de Ética da Câmara. Às 14h30 os deputados se reúnem para votar o relatório de Fausto Pinato (PRB-SP) que recomenda a abertura de processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por quebra de decoro. De acordo com as contas de aliados do peemedebista, para se salvar e escapar da instauração do processo — o que, se acontecer, impede que ele renuncie para escapar da cassação — Cunha necessita dos três votos dos petistas que estão no Conselho.
Dilma não quer passar a impressão de que irá se envolver diretamente na questão. Mas o Palácio do Planalto, por meio dos ministros Jaques Wagner e Ricardo Berzoini (Governo), têm procurado convencer os petistas de que, mais importante do que cassar Cunha, neste momento, é dar governabilidade à presidente.
AUTORIZAÇÃO É PRIORIDADE
Desde sexta-feira, o ministro Ricardo Berzoini está disparando telefonemas aos senadores e deputados aliados. A ordem do Palácio do Planalto é que a base governista dê prioridade absoluta à sessão para tentar aprovar a autorização do Legislativo para fechar as suas contas com um rombo recorde de até R$ 120 bilhões. Só com a aprovação da nova meta, o governo poderá restabelecer a normalidade do pagamento de suas despesas.
Além desse projeto, o governo ainda precisa aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento de 2016, a Desvinculação de Receitas da União, e o projeto que legaliza ativos enviados irregularmente para o exterior até o recesso parlamentar que se iniciará dia 22 de dezembro. Outro problema a ser resolvido por Dilma é decidir quem assumirá a liderança do governo no Senado após a prisão de Delcídio Amaral (PT-MS). O cargo vem sendo ocupado interinamente por quatro vice-líderes, os senadores Paulo Rocha (PT-PA), Wellington Fagundes (PR-MT), Hélio José (PSD-DF), e Telmário Motta (PDT-RR), mas o governo quer escolher para o cargo alguém mais representativo, o que é uma tarefa nada fácil. Diante do impasse, a possibilidade que se apresenta no momento é o líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE), acumular os dois postos.
Com informações do O Globo

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