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sábado, 28 de novembro de 2015

Juros ao consumidor batem novo recorde, 64,8%

O estoque de crédito concedido pelo sistema financeiro a famílias e empresas encolheu 0,1% em outubro e alcançou em 12 meses expansão de 8,1%. Os dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram ainda aumento da inadimplência e nos juros. A taxa média de juros no crédito ao consumo para as famílias alcançou 64,8% ao ano no mês passado. O número é novo recorde para a série iniciada em março de 2011. Há um ano, estava em 50,6% ao ano. Já a inadimplência encerrou o mês em 5,8%, acima do piso de 5,2% alcançado em março deste ano.

Entre as principais linhas, a taxa média de juros no rotativo do cartão de crédito caiu de 414% ao ano em setembro para 406% em outubro. Um ano antes, a taxa estava em 320% ao ano. Essa é a linha mais cara entre as principais modalidades de crédito para o consumo. A taxa média do cheque especial subiu e fechou o mês passado em 278% ao ano. Esse é o maior valor desde junho de 1995, quando estava em 284% ao ano.
A alta dos juros nestas modalidades acompanha o comportamento geral das taxas bancárias, que subiram com o aumento da taxa básica (Selic) promovido pelo BC desde o ano passado e dos juros de mercado nos últimos meses. 
A menor demanda por crédito e as restrições colocadas pelo sistema financeiro também ajudaram a derrubar a liberação de novos empréstimos. A média diária de concessões recuou 2,7% no crédito livre e 11,3% no subsidiado, considerando tanto empresas como consumidores.
Na comparação com o Produto Interno Bruto, o estoque de crédito alcançou o pico de 55,1% em setembro de 2015, segundo dados revisados pelo BC, e está agora em 54,7% (R$ 3,16 trilhão).
O crédito para empresas recuou 0,9% nas modalidades com taxas de mercado e 0,2% nos empréstimos com subsídios. Nos dois casos, o BC cita a influência do câmbio sobre o crédito com recursos em moeda estrangeira. A inadimplência da pessoa jurídica subiu nos últimos 12 meses de 3,6% para 4,3%, no crédito livre, e de 0,5% para 0,8% no direcionado. A taxa média de juros passou de 24,3% para 30,2% ao ano no primeiro caso. 
(da Folhapress)

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