O futebol mundial segue na mão de um europeu. O ítalo-suíço Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa desde 2009, foi eleito o novo presidente da Fifa nas eleições desta sexta-feira, na sede da entidade, em Zurique, na Suíça. O pleito só foi definido no segundo turno.
Infantino, secretário-geral da Uefa desde 2009, superou o até então favorito xeique Salman Bin Ebrahim Al-Khalifa, em votação no segundo turno. No pleito decisivo, o suíço-italiano contou com 115 votos dos 207 possíveis, enquanto o bareinita teve 88 - na primeira rodada, ele venceu por 88 a 85.
O próprio Infantino não imaginava que dirigiria a Fifa há alguns meses. Na verdade, o candidato da Uefa era o então presidente Michel Platini. No entanto, o francês acabou sendo mais uma vítima do escândalo de corrupção que abalou a Fifa e está suspenso do futebol por seis anos por violações de ética.
Infantino, que contou com o apoio oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e dos demais países da Conmebol, é o nono presidente eleito da Fifa, que foi fundada em 1904. Apenas um deles não é europeu: o brasileiro João Havelange, que dirigiu a entidade de 1974 a 1998. Ele foi sucedido justamente por Joseph Blatter, que caiu diante da crise da Fifa e também está suspenso do futebol por seis anos. Infantino recebe o cargo do camaronês Issa Hayatou, que substituiu Blatter de forma interina em 2015.
O público em geral conhece Infantino dos sorteios da Uefa. Assim como o ex-secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke – também suspenso do futebol – fez na Copa do Mundo, o ítalo-suíço era o responsável pela definição de grupos e confrontos de competições europeias.
Entre os cinco pré-candidatados que se pronunciaram antes do pleito – o sul-africano Tokyo Sexwale retirou-se da eleição –, Infantino foi o mais teatral em seu discurso. Ele tem uma das plataformas de campanha mais populistas entre os postulantes à presidência. Entre as propostas do ítalo-suíço estão aumentar de 32 para 40 o número de seleções nas Copas do Mundo e distribuir US$ 50 milhões (cerca de R$ 200 milhões) em quatro anos às federações mais necessitadas.
Infantino também garante que implementará um controle rigoroso sobre as movimentações financeiras da Fifa, incluindo a publicação de pagamentos e salários de membros eleitos e de alto escalão da entidade.
Biografia
Gianni Infantino, de 45 anos, nasceu em Brig, na Suíça, mas tem origem italiana das regiões da Calábria e da Lombardia. Ele se formou em direito na Universidade de Friburgo, situada em cidade homônima em seu país de origem. O dirigente é poliglota e tem fluência em inglês, espanhol, italiano, francês e alemão.
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