PT rejeita fim da aliança com PMDB e alteração da política econômica
O Partido dos Trabalhadores (PT) rejeitou neste sábado
(13) trechos da resolução final de seu 5º Congresso Nacional que defendiam o
fim da aliança nacional com o PMDB no governo e a alteração na atual política
econômica, marcada pelo ajuste fiscal.
No encontro, militantes e dirigentes da
sigla fizeram críticas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao
ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Durante a votação da resolução final do evento, que consolida as posições do partido sobre a atual situação da política e da economia, os delegados decidiram excluir da versão final uma parte que dizia que "o presidencialismo de coalizão está esgotado, dando espaço e poder ao principal dos 'aliados', muitas vezes, o sabotador do governo, o PMDB, que opera pela contrarreforma política e pela revisão do regime da partilha do pré-sal."
No debate que antecedeu à votação, militantes gritavam "Fora Cunha! Fora Cunha!", em protesto contra o presidente da Câmara. No palco onde lideranças discursavam, parlamentares petistas que atuam na linha de frente governista no Congresso buscaram defender a aliança com o PMDB em nome da "governabilidade".
Durante a votação da resolução final do evento, que consolida as posições do partido sobre a atual situação da política e da economia, os delegados decidiram excluir da versão final uma parte que dizia que "o presidencialismo de coalizão está esgotado, dando espaço e poder ao principal dos 'aliados', muitas vezes, o sabotador do governo, o PMDB, que opera pela contrarreforma política e pela revisão do regime da partilha do pré-sal."
No debate que antecedeu à votação, militantes gritavam "Fora Cunha! Fora Cunha!", em protesto contra o presidente da Câmara. No palco onde lideranças discursavam, parlamentares petistas que atuam na linha de frente governista no Congresso buscaram defender a aliança com o PMDB em nome da "governabilidade".
"Nos não podemos ter ilusão no
Congresso. Nós também não podemos achar que a partir de hoje a presidente Dilma
vai ter maioria no Congresso para votar os projetos que advêm da mobilização
social. A governabilidade congressual é também necessária... Ou o PT não está
fazendo isso todo dia no Congresso Nacional? Nós não podemos levar o governo
Dilma para o isolamento no Congresso", afirmou o deputado José Guimarães
(PT-CE), líder do governo na Câmara.
Na discussão sobre a atual política
econômica, o PT aprovou texto que defende ser "preciso conduzir a
orientação geral da política econômica para a implementação de estratégias para
retomada do crescimento, para a defesa do emprego, do salário e demais direitos
dos trabalhadores, que permitam a ampliação das políticas sociais".
A proposta original usava a expressão "alteração da política econômica", em vez de "conduzir a orientação geral da política econômica". Durante o anúncio da mudança, o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE) foi vaiado por militantes ao defender a necessidade do ajuste fiscal para alcançar os objetivos defendidos pelo partido.
O texto original também continha menções críticas ao ministro Joaquim Levy, e acabou retirado do documento.
A proposta original usava a expressão "alteração da política econômica", em vez de "conduzir a orientação geral da política econômica". Durante o anúncio da mudança, o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE) foi vaiado por militantes ao defender a necessidade do ajuste fiscal para alcançar os objetivos defendidos pelo partido.
O texto original também continha menções críticas ao ministro Joaquim Levy, e acabou retirado do documento.
(g1)
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