Michel Temer diverge do PT
Brasília. O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), atualmente o coordenador político do governo Dilma Rousseff (PT), defendeu ontem a manutenção do financiamento privado das campanhas eleitorais, com alterações. A posição contrasta com a defendida pelo PT de Dilma, que prega o financiamento público exclusivo para as campanhas políticas.
O vice-presidente, que também comanda o PMDB, defende a manutenção do financiamento privado, com a exigência de que as empresas optem por um candidato na disputa. Isso acabaria com a prática comum de empresas doarem recursos para candidatos que concorram entre si. "Tem que haver uma posição de cidadania. Seria, penso eu, uma medida altamente moralizadora, que seria muito bem recebida", afirmou.
Hoje o financiamento das campanhas políticas é misto, ou seja, é bancado por recursos privados, principalmente de empresas, e por dinheiro público.
Temer reconheceu ainda que o modelo que defende para o sistema eleitoral, o chamado distritão, pode não conseguir reunir apoio suficiente no Congresso Nacional. Com isso, o vice-presidente disse aos parlamentares na Comissão que é preciso que haja convergência para um dos modelos em debate, não necessariamente o que ele defende, para que seja possível conseguir o apoio mínimo necessário - 60% dos deputados federais e senadores - para a alteração na Constituição.
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