Grécia vai precisar de ajuda de
€ 50 bilhões até 2018, diz FMI
A Grécia precisará de ao menos mais de 50 bilhões de euros em financiamentos até 2018 para conseguir fechar as suas contas, estima o Fundo Monetário Internacional (FMI) em um relatório divulgado nesta quinta-feira (2).
Segundo o FMI, mesmo que a Grécia aprove o plano dos credores que será submetido a referendo no próximo domingo, o país terá uma necessidade de uma nova ajuda nos próximos três anos. Do valot total, ao menos 36 bilhões de euros teriam de ser financiados com recursos europeus.
Hoje, a dívida grega supera 300 bilhões de euros.
O FMI considera a dívida da Grécia "insustentável" e avalia que a situação piorou desde a chegada ao governo do esquerdista Alexis Tsipras, citando o relaxamento das medidas de ajuste fiscal e o adiamento de reformas estruturais e privatizações.
"Se o programa (de 2012) tivesse sido implementado como se presumia, não teria sido necessário um maior alívio de dívida", assinalou a instituição financeira internacional.
A análise, além disso, reduz as previsões de crescimento econômico para a Grécia este ano de 2,5% para 0% e piora suas perspectivas sobre a dívida que antes tinha situado em uma tendência de baixa dos atuais 175% do Produto Interno Bruto (PIB) para 128% em 2020, e que agora está estimada em 150% para essa data.
Grécia diz que FMI lhe dá razão
Para o porta-voz do governo grego, Gavriil Sakellaridis, o relatório dá razão ao Executivo ao considerar que a dívida da Grécia não é sustentável.
Para o porta-voz do governo grego, Gavriil Sakellaridis, o relatório dá razão ao Executivo ao considerar que a dívida da Grécia não é sustentável.
"O relatório de FMI de hoje dá completamente a razão ao governo grego com relação à não sustentabilidade da dívida e a sua insistência de que todo acordo com os credores deve incluir sua reestruturação", disse Sakellaridis.
Sakellaridis considerou que, apesar da insistência do FMI nas políticas de austeridade, o relatório constitui a "admissão do fracasso" dos programas de resgate por parte de um de seus "promotores".
A Grécia não pagou a parcela de € 1,6 bilhão de sua dívida com o FMI que venceu na terça-feira (30) e entrou em moratória (atraso). No mesmo dia também expirou o programa de ajuda financeira à Grécia.
Após a suspensão das negociações com os credores até depois do referendo, a Grécia se centra agora nos preparativos da consulta do próximo domingo.
O porta-voz do governo, Gavriil Sakellaridis, afirmou nesta quinta que uma vitória do "não" permitirá voltar à mesa de negociações para conseguir um acordo em melhores condições.
O ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, por sua vez, assegurou que se o "sim" vencer renunciará e não assinará o que qualificou como um "acordo hipócrita", que não aborda questões-chave como a sustentabilidade da dívida.
RESUMO DO CASO:
- A Grécia enfrenta uma forte crise econômica por ter gastado mais do que podia.
- Essa dívida foi financiada por empréstimos do FMI e do resto da Europa
- Na terça-feira (30), venceu uma parcela de € 1,6 bilhão da dívida com o FMI. O país depende de recursos da Europa para conseguir fazer o pagamento.
- Os europeus, no entanto, exigem que o país corte gastos e pensões para liberar mais dinheiro. O prazo para renovar essa ajuda também venceu nesta terça-feira
- No final de semana, o primeiro-ministro grego convocou um referendo para domingo (5 de julho). Os gregos serão consultados se concordam com as condições europeias para o empréstimo.
- Como a crise ficou mais grave, os bancos ficarão fechados nesta semana para evitar que os gregos saquem tudo o que têm e quebrem as instituições.
- A Grécia não pagou o FMI e entrou em "default" (situação de calote), o que pode resultar na saída do país da zona do euro.
- A saída não é automática e, se acontecer, pode demorar. Não existe um mecanismo de "expulsão" de um país da Zona do Euro.
- Com o calote, a Grécia pode ser suspensa do Eurogrupo e do conselho do BC europeu.
- A Europa pressiona para que a Grécia aceite as condições e fique na região. Isso porque uma saída pode prejudicar a confiança do mundo na região e na moeda única.
- Para a Grécia, a saída do euro significa retomar o controle sobre sua política monetária (que hoje é "terceirizada" para o BC europeu), o que pode ajudar nas exportações, entre outras coisas, mas também deve fechar o país para a entrada de capital estrangeiro e agravar a crise econômica.
- A Grécia enfrenta uma forte crise econômica por ter gastado mais do que podia.
- Essa dívida foi financiada por empréstimos do FMI e do resto da Europa
- Na terça-feira (30), venceu uma parcela de € 1,6 bilhão da dívida com o FMI. O país depende de recursos da Europa para conseguir fazer o pagamento.
- Os europeus, no entanto, exigem que o país corte gastos e pensões para liberar mais dinheiro. O prazo para renovar essa ajuda também venceu nesta terça-feira
- No final de semana, o primeiro-ministro grego convocou um referendo para domingo (5 de julho). Os gregos serão consultados se concordam com as condições europeias para o empréstimo.
- Como a crise ficou mais grave, os bancos ficarão fechados nesta semana para evitar que os gregos saquem tudo o que têm e quebrem as instituições.
- A Grécia não pagou o FMI e entrou em "default" (situação de calote), o que pode resultar na saída do país da zona do euro.
- A saída não é automática e, se acontecer, pode demorar. Não existe um mecanismo de "expulsão" de um país da Zona do Euro.
- Com o calote, a Grécia pode ser suspensa do Eurogrupo e do conselho do BC europeu.
- A Europa pressiona para que a Grécia aceite as condições e fique na região. Isso porque uma saída pode prejudicar a confiança do mundo na região e na moeda única.
- Para a Grécia, a saída do euro significa retomar o controle sobre sua política monetária (que hoje é "terceirizada" para o BC europeu), o que pode ajudar nas exportações, entre outras coisas, mas também deve fechar o país para a entrada de capital estrangeiro e agravar a crise econômica.
g1
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