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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Vereador denuncia complô da Federação contra o time do Ferroviário

carlos mesquita
O vereador Carlos Mesquita (PROS) denuncia a existência de um complô da Federação Cearense de Futebol (FCF) pra prejudicar o time do Ferroviário Atlético Clube. A intenção, segundo ele, é que a agremiação não conquiste o acesso a elite do futebol cearense de 2017. O vereador de Fortaleza, que já foi presidente do clube, diz ser colaborador atualmente e afirma que apesar dos inúmeros apelos feitos ao presidente da FCF, Mauro Carmélio, a situação só vem piorando.
Ele destaca, por exemplo, que a anulação do W0 contra o time do Nova Russas é algo nunca visto no futebol brasileiro. Nesse jogo, o Ferroviário teria vencido por WO a partida devido à falta de pagamento de taxas pelo time do Nova Russas à Federação. Mas posteriormente o Tribunal de Justiça Desportiva cancelou a decisão, tendo sido marcada nova partida entre as equipes. “Isso prejudicou o nosso time, pois se tivéssemos os três pontos dessa partida já estaríamos praticamente classificados e os outros não estariam com tanto ímpeto em busca de tirar nossa vaga”, frisou.
“Além disso, eles (Federação) têm mudado datas de partidas dos nossos adversários a toda hora. O Mauro (Carmélio) está deixando que outras pessoas definam isso. Se um time A tem um jogador sem condições de jogo, por exemplo, eles adiam para beneficiar aquele time Já o Ferroviário tinha três jogadores sem condições de jogo e eles não mexeram uma palha para ajudar o time. Fora isso está existindo mala branca, mala preta e a Federação não faz nada para inibir isso”, denuncia o vereador.
Ele reclama ainda que a Federação marcou o jogo do Ferroviário contra o Nova Russas para o estádio Antônio Cruz, que segundo ele não tem condições de jogo. Outro ponto criticado pelo vereador é com relação a arbitragem. Ele cita o jogo contra o Floresta, quando o time estava ganhando de 4 a 0 e o time adversário empatou, “com a ajuda descarada do juiz”, diz o vereador. Ele destaca ainda que no jogo entre Horizonte e Floresta, o juiz deu 5 minutos de acréscimo e deu um pênalti para o Floresta ganhar. “Tem coisas que agente não consegue aceitar. Se reclamamos não adianta nada”.
Mesquita afirma que o jogo entre Barbalha e Alto Santo, vencido pelo segundo por Wx0, por falta do pagamento da arbitragem, também é questionável. Mesmo reconhecendo, que a decisão está respaldada no regulamento, ele entende que juiz poderia esperar para ser pago com a renda do jogo, como ocorreu em outras partidas. “Quero bradar aqui minha indignação contra toda essa sórdida armação que estão fazendo com o Ferroviário. Eles não respeitam nosso clube que tem 83 anos de vida, é o terceiro do estado em número de campeonatos e é quem tem sustentado a segundona, com nossa torcida. Mas quero dizer que o nosso time não aguenta mais um ano na segunda divisão. Caso isso aconteça nosso time poderá fechar as portas. É isso que eles querem? A primeira divisão deste ano foi uma das piores dos últimos anos. Sem o Ferroviário o futebol cearense está decretando seu fim. Será que o Mauro Carmélio não vê isso? O Ferroviário não precisa de ajuda de ninguém, só pede que ninguém o prejudique”, finalizou.
Outro lado
Por contato telefônico, a assessoria de imprensa da Federação Cearense de Futebol afirmou que o presidente da entidade, Mauro Carmélio está no Rio de Janeiro e não poderia falar sobre a denúncia do vereador, mas pontuou algumas questões citadas por ele. Com relação ao WO do jogo contra Nova Russas, a assessoria diz que a decisão foi do Tribunal de Justiça Desportiva e não da Federação, “eles (TJDE) têm uma sala aqui, mas atuam, de forma independente”, observa a assessoria. Quanto a arbitragem, a assessoria afirma que o Ferroviário nunca entrou com uma reclamação formal junto a Federação contra árbitros.
Já o presidente do TJDE, Jamilson Almeida afirma que a decisão do WO do jogo entre Ferroviário e Nova Russas, não foi uma decisão contra o time coral, mas contra a Federação, que não podia dar WO em uma partida de forma antecipada, como fez. “O time do Ferroviário sequer entrou em campo. A equipe do Nova Russas estava devendo taxas a Federação e por isso ela decretou o WO antes da partida ocorrer. O Tribunal anulou o ato administrativo e a partida deve ocorrer na próxima semana”, observou.
Com relação ao WO da partida entre Alto Santo e Barbalha, Jamilson afirma que o caso foi diferente. “Naquela partida o cancelamento ocorreu devido à falta de pagamento da arbitragem, que segundo o regulamento deve ocorrer antes da partida. O arbitro foi Almeida Filho colocou na súmula que esperou o prazo previsto de 30 minutos mais 30, e como não houve o pagamento, decretou o WO. O Ferroviário entrou com a impugnação da decisão do árbitro. Quer dizer, que WO que beneficie o time dele não pode ser anulado, mas que beneficiem outros pode? Vou avaliar o processo até sexta-feira, pois não quero deixar nada pendente, para que o campeonato não acabe nos tribunais”, concluiu.

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