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terça-feira, 10 de maio de 2016

Após revogar ato sobre impeachment, Maranhão chega à Câmara sem falar

O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), chega à Câmara, em Brasília, sem responder a perguntas de jornalistas após revogar a própria decisão acerca da votação do impeachment na Casa (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)
Após revogar, no início da madrugada, decisão de tentar anular a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), chegou à Casa nesta terça-feira (10) e se dirigiu ao gabinete da vice-presidência. Ele não quis falar com a imprensa
Segundo interlocutores, Maranhão decidiu revogar a própria decisão após conversar com integrantes da Mesa Diretora e deputados doPP, partido ao qual é filiado.
Na época da votação no plenário da Câmara, o PP fechou questão pela aprovação da continuidade do processo de afastamento. Quando há o fechamento de questão, deputados podem ser punidos se descumprirem a decisão partidária. Apesar disso, Maranhão votou contra a continuidade do impeachment.
Nesta segunda (9), a cúpula do PP se surpreendeu com a decisão do presidente interino da Câmara de tentar anular a votação em plenário e reagiu convocando para esta terça reunião da Executiva Nacional, para decidir se expulsa ou não o deputado da sigla.
Antes que Maranhão revogasse a decisão de anular a votação do impeachment, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), havia decidido dar continuidade ao processo à revelia do ato do presidente interino da Câmara. Assim, está mantida para esta quarta (11) o início da sessão do Senado que decidirá se Dilma será afastada da Presidência por 180 dias.
Reações

Ao justificar a decisão de tentar anular a sessão da Câmara – e antes de voltar atrás –, Maranhão disse que o objetivo era "salvar a democracia".

Dentre as reações à medida de Maranhão, partidos de oposição ameaçavam denunciá-lo ao Conselho de Ética, integrantes da mesa diretora já tinham programado uma reunião para pressionar o presidente interino a revogar a decisão e deputados do PP iniciaram um movimento para expulsá-lo do partido.
Antes de anunciar a decisão pela manhã, o presidente interino se reuniu duas vezes com o ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia-Geral da União (AGU), autora do pedido para anular a sessão, e consultou o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
g1

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