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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Várias obras no país vão parar por falta de recursos, diz ministro

                              Antonio Carlos Rodrigues afirmou que desde que assumiu o Ministério dos Transportes tem atuado mais como "bombeiro" do que como ministro. Foto: Agência Senado
ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (29) que"várias obras no país vão parar" e que ele "não pode esconder o que está acontecendo no ministério".
Aainda não tem previsão de quanto o ministério poderá investir neste ano, segundo ele, o que atrapalha o desenvolvimento dos projetos de infraestrutura."Eu nunca esperava chegar no início de maio sem saber quais recursos teríamos", disse. O ministro participa de audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.
"Eu não tenho [dinheiro para pagar as obras]", desabafa ministro
Logo ao iniciar sua exposição, Rodrigues se desculpou com os senadores e disse que era muito complicado comentar o investimento em obras neste momento e chegou a brincar que era preciso sensibilizar o ministro Joaquim Levy (Fazenda)."Vou receber várias reclamações do senhores de "parou a obra tal" e vai parar sim. Assusta receber um telefonema dizendo "ou você paga hoje ou eu paro a obra" e eu não tenho [dinheiro para pagar]", afirmou.
"Os telefonemas que eu recebo e as visitas, nesse período de quatro meses, são só de reclamações por falta de dinheiro e de estabilidade porque não sabemos o que vamos ter pela frente", completou.
Era esperado um investimento na área de transportes de R$ 13,6 bilhões
Depois do desabafo, os senadores riram e perguntaram se, então, seria o caso de encerrar a audiência, já que não seria possível fazer nenhuma nova pergunta."Não acabou. Estou à disposição. Quando eu souber quanto tenho de recursos e as prioridades eu posso voltar aqui e dizer", disse.
O ministro destacou que o envolvimento de empreiteiras em escândalos de corrupção também ajudaram a travar o setor. Rodrigues disse que para este ano é esperado um investimento na área de transportes de R$ 13,6 bilhões. Segundo ele, esses gastos serão bastante menores que em 2014, quando foram R$ 18,8 bilhões.

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