Rádio Líder FM de Acopiara

terça-feira, 28 de abril de 2015


PF coloca doleiro Youssef e cunhada de ex-tesoureiro do PT frente a frente

Youssef e Marice de Lima ficarão frente e frente (Foto: Arte G1)

A Polícia Federal (PF) começou às 14h30 desta terça-feira (28) uma acareação entre o doleiro Alberto Youssef e Marice Corrêa de Lima, cunhada do tesoureiro afastado do PT, João Vaccari Neto. Ambos são investigados pela Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras e outros órgãos públicos.
De acordo com o advogado Tracy Reinaldet, que representa o doleiro Alberto Youssef, a acareação foi marcada para se esclarecer pontos contraditórios dos depoimentos. O doleiro é apontado como o líder das fraudes na Petrobras.
Marice de Lima
Marice de Lima chegou a ficar presa na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba por seis dias.
Segundo os procuradores do Ministério Público Federal (MPF), ela ajudou o cunhado a receber valores ilegais da construtora OAS, que também é investigada pela Lava Jato por ser suspeita de integrar o chamado “clube” de empreiteiras e teria fraudado licitações da Petrobras. O dinheiro era desviado e direcionado como doação de campanha.

Além disso, Marice seria responsável por depósitos bancários em contas de familiares de Vaccari que configurariam lavagem de dinheiro.Conforme o MPF, Giselda Rousie de Lima, esposa de Vaccari, recebeu cerca de R$ 323 mil, em depósitos fracionados. Esses depósitos foram feitos, em alguns casos, em caixas eletrônicos.

Imagens obtidas pelos investigadores levantaram a suspeita de que foi Marice quem depositou esses valores para Giselda, irmã dela. Dois desses depósitos, segundo a investigação, foram feitos em 2015.
Mais tarde, porém, já com Marice presa, Giselda Rousie de Lima, informou à Justiça Federal que é ela quem aparece nas imagens obtidas pelo MPF realizando depósitos na própria conta bancária.

Alberto Youssef
Alberto Youssef é considerado o operador do esquema investigado pela Lava Jato. Ele aparece como réus em diversas ações penais originadas a partir desta operação. Ele teria contato com políticos, com empreiteiras e com ex-diretores da Petrobras.
A partir dele, a operação se expandiu. Inicialmente, a Lava Jato era uma medida específica para atingir doleiros e a lavagem de dinheiro sujo.
No dia 17 de março de 2014, quando a operação tornou-se pública, entre dezenas de presos, estava Alberto Youssef, que é considerado pela polícia o “maior operador financeiro do país”.
Enquanto o alvo eram os doleiros, a Operação Lava Jato investigava transações de milhões de reais. O salto para os bilhões veio com a prova da ligação entre Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.
O esquema de corrupção na estatal envolveu contratos que somam R$ 89 bilhões. A dupla escorregou em um detalhe: um carro registrado no endereço de Alberto Youssef, em nome de Paulo Roberto Costa - na placa o ano de nascimento do ex-diretor da Petrobras.

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